Devocional

(Devocional) O Toque Da Mão Do Mestre

“Ele estava destruído e marcado, e o leiloeiro achou que não valia a pena perder muito tempo com o velho violino, então ele segurou-o com um sorriso e deu início aos lances. ‘O que vou pedir por este velho violino? Como vamos começar com as ofertas? Um dólar, um dólar, quem dá dois dólares? Dois dólares, e quem dá três?’ Mas nada de ofertas. Então, no fundo da sala um homem de cabelos grisalhos veio à frente e pegou o arco. Limpando a poeira do velho violino e apertando todas as cordas, ele tocou uma melodia pura e doce, tão doce quanto angelical. A música cessou e o leiloeiro, com voz tranquila e baixa, disse: ‘Quanto vou pedir pelo velho violino?’ E ele segurou-o com o arco. ‘Mil dólares, e quem dá dois mil? Dois mil, e quem dá três? Três mil dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três, vendido!’, disse ele. O povo celebrou, mas algumas pessoas disseram: ‘Não entendemos. O que mudou o valor do violino?’ Então alguém respondeu: ‘O toque da mão do Mestre’. E muitos homens com a vida desafinada, destruída e marcada pelo pecado, são leiloados por um preço muito baixo diante dos olhos de uma multidão desavisada, assim como aquele velho violino. Um prato de lentilhas, um copo de vinho… Como em um jogo, a sorte está lançada: dou-lhe uma, dou-lhe duas, e ele é quase vendido e levado embora. Mas o Mestre vem, e a multidão desavisada nunca consegue entender direito qual é o valor de uma alma e nem a mudança que pode ocorrer através de um simples toque da mão do Mestre”. 

(Parte da devocional “A Palavra para hoje”, da Youversion)

Reflexão

(Reflexão)Por um Ministério de Jovens relevante e transformador – Guilherme Damasceno

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Alegria e disposição para servir são sinais de um coração jovem que não teme o futuro e ousa sonhar. Li com atenção os recentes artigos que relatam o êxodo dos jovens cristãos, condensados pelo Instituto LifeWay Research nos Estados Unidos. O texto “Porque e quando os jovens saem da igreja“, publicado aqui em Ultimato Jovem, demonstra a necessidade de repensarmos  o “modus operandi” da Igreja na formação e acolhimento de pessoas na faixa etária dos 23 aos 30 anos.

Penso que precisamos tratar com seriedade a questão, a fim de trabalharmos para diminuição da evasão da juventude, claro, confiando na Graça de Deus que é o Senhor e Sustentador do seu povo, e, portanto, nos convoca ao seu serviço (Lucas 10:2).

Os motivos pelos quais os jovens se distanciam da igreja ficam evidentes:

1) Evasão no início dos estudos universitários ou na inserção no mercado de trabalho;
2) A percepção da hipocrisia;
3) Falta de união entre as pessoas da comunidade cristã;
4) Posições políticas divergentes;

5) A irrelevância da Igreja e/ou do Pastor em seu contexto local.

Pois bem, em primeiro lugar devemos considerar que alguns destes problemas seguem uma lógica de idealização e de perfeição das instituições e dos processos, como no exemplo da já mencionada hipocrisia. O que aprendi trabalhando com jovens de diferentes realidades e contextos sociais, foi que para ganhar a confiança do trabalho que desenvolvemos precisamos ser totalmente transparentes. Transparência é a palavra de ordem em nosso país e não poderia ser diferente nas relações entre os cristãos.

“Grandes líderes são líderes transparentes. As grandes mudanças ocorrem quando os líderes são transparentes. Se os membros da igreja estão percebendo que existe retenção de informação, o processo de mudança já está correndo risco. Vivemos na era da transparência da Internet. A informação está na ponta dos dedos. Todos esperam estar totalmente informados. A mudança pode ser sequestrada em poucos dias, caso haja a suspeita de que a liderança não está divulgando todas as informações. Embora a divulgação seja vital para todas as gerações, é especialmente importante para a geração do milênio. Esses jovens adultos, nascidos entre 1980 e 2000, são muito sensíveis à questão da transparência. Se você for franco e aberto, eles estarão com você durante o processo de mudança. Caso contrário, sairão imediatamente.” – Thom S. Rainer em “Quem Trocou o Meu Púlpito?” (CPAD, p 104, 105).

Se desejarmos transformar as realidades, expandir nossos trabalhos,  enfatizar a compatibilidade do crescimento qualitativo e potencializarmos um crescimento saudável de nossos ministérios, precisamos e devemos ser transparentes em todos os sentidos.

Devemos demonstrar que os ordenados e também os leigos são gente, sujeitos em busca de cada dia se tornarem mais semelhantes com Jesus, nesse caminho comentem erros, e portanto precisam ter humildade para corrigir desvios e equívocos. O que não significa que deverão viverem reféns de opiniões particulares que contrariam ensinamentos bíblicos para agradar ou ceder a pressões embasadas em opiniões sectárias.

Outro ponto importante se traduz no respeito e tolerância entre aqueles que optaram por posições políticas diferentes. As Igrejas (denominações ou as comunidades autônomas) precisam ter clareza da opção que desejam assumir, garantindo a liberdade de todos e todas optarem de livre consciência qual caminham desejam seguir, sempre pautadas nos valores do Evangelho, que expressam o projeto do Reino de Deus.

Com isso não quero dizer que pautas não devem ser defendias ou combatidas, como o combate ao racismo, o repúdio à violência doméstica, e ações concretas tomadas para efetividade destes posicionamentos, mas nenhum membro pode ser constrangido ao apoio a um partido ou sistema político por imposição oficial da Igreja, afinal somos cristãos protestantes, todos e todas jamais poderão ser cerceados do direito de emitir opiniões. Unidade na diversidade!

O vislumbre que ocorre no acesso ao ensino superior pode, entre muitos fatores, também pode estar relacionado a subestimação da capacidade intelectual da juventude. Em muitas igrejas os eventos e programações voltados ao público se assemelham à hora do recreio no parquinho. Conteúdo raso, desconfiguração do espaço e tempo de adoração e edificação, ênfase no entretenimento e não no fortalecimento da fé.

Um dos elementos mais surpreendentes ao trabalhar com jovens é justamente descobrir o ímpeto e desejo que têm em adquirir novos conhecimentos, acompanhado do desejo de testemunhar a fé cristã em espaços públicos.

Não é preciso alterar e/ou modificar a teologia ou liturgia (conteúdo), precisamos apoiar e incentivar a exposição coerente, o debate e a reflexão em torno de temas atuais, sem temer as pautas “delicadas”. Nesse sentido também, o primeiro emprego e a rotina de trabalho, por vezes desgastantes, poderão se  tornar um espaço para oportunidades missionais, quando recuperamos o sentindo que o protestantismo histórico delegou, e assim a vocação cristã será exercida pelo jovem profissional visando sempre a glória de Deus.

O elemento da comunhão é um pilar por vezes menosprezado, todavia num pastorado de proximidade, o modelo que se demostra o mais eficiente para Ministério com Jovens, é importantíssimo. Com isso afirmo meu repúdio ao policiamento da vida de qualquer pessoa, e à instrumentalização do líder ou pastor como uma bengala para que o jovem caminhe se apoiando, sem a maturidade necessária para tomada de decisões, assumindo sua responsabilidade individual.

Precisamos nos lembrar do pastorado de Jesus, que partiu e comeu do mesmo pão que seus discípulos, ouviu os dramas do cotidiano e conviveu oferecendo o suporte e apoio necessários para a formação da comunidade (Lucas 24.13-35).

A relevância da Igreja e seu testemunho na sociedade é objeto de interlocução e construção do corpo de Cristo. Compreenderemos que a coragem para transformar é uma força que nasce na confiança da ação criativa e criadora do Espírito Santo, alterando uma realidade de dispersão.

“Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” Atos 2.46-47.

Deste modo faço um convite à Igreja: Ore pela Juventude, apoie seus projetos, invista nas novas gerações. Para que nossos ministérios sejam reconhecidos com os traços de acolhimento, relevância, engajamento e transformação.

Não desistiremos, Cristo é nossa esperança.

Fonte: https://ultimato.com.br

 

Poesia

(Poesia) Páscoa, tempo de resistência, teimosia e esperança

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A celebração da Páscoa desde as tradições do antigo Israel
É festa de migrantes na busca de novas pastagens
É festa de camponesas e camponeses pela colheita e preparo da terra para o novo plantio
É resistência de hebreias e de hebreus
das parteiras à Moisés, Miriam e Aarão
aos desmandos e projetos de morte
dos poderosos do Egito.
É memória na tradição cristã
Do enfrentamento de Jesus aos projetos de morte
das elites da Judeia e do imperialismo romano.

Festa e Memória
Resistência e Vida

É Páscoa! A teimosia da Vida
Tudo indicava que era o fim.
Os poderosos se exibindo em suas funções:
Juízes, Reis, sacerdotes, Senhores do centro,
A palavra deles provocava a morte
Tristeza, desânimo, dispersão.
É o fim? Eles venceram?

Espera…
O que é isso surgindo da periferia?
O que vem vindo dos quilombos?
Que palavra nova nasce das lutas das mulheres?
Que grito ecoa entre a juventude?

Queremos viver!
A morte foi vencida!
A esperança renasceu!

É a teimosia da vida que nos faz seguir lutando.

Nestes dias o carro de Evaldo e família é alvejado com 80 tiros
O exército assassina dois pais de família: Evaldo e Luciano
E os governantes com seus podres poderes a defender a barbárie
Alegaram que foi “lamentável incidente”
Quando na realidade foi mais uma ação do projeto de morte.

Celebremos a Páscoa na memória do Evangelho, da luta pelo Reino
Da resistência das mulheres e pobres
Da história e da vida de trabalhadores e trabalhadoras
Da luta contra projetos de mortes anunciadas, programadas, votadas e defendidas
É Páscoa, teimosia da vida

Feliz Páscoa!

 

Fonte: https://cebi.org.br

Doutrina

(Doutrina)Quaresma: o que é? – Ettiene Cibele Mittanck

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Na próxima quarta, dia 06/03/19 é quarta feira de cinzas. Com a quarta feira de cinzas inicia um tempo muito especial para a comunidade cristã: o tempo da Quaresma, que se estende até o Domingo da Paixão ou Domingo de Ramos. São quarenta dias = sete semanas.
Quaresma caracteriza-se por um tempo para valorizar as memórias dos textos bíblicos, tão essenciais para a espiritualidade cristã. Recordamos os quarenta anos que o povo de Deus vagou pelo deserto até chegar à terra prometida; os quarenta dias que Jesus ficou no deserto (onde foi tentado pelo Diabo) antes de começar a andar pelas vilas e cidades anunciando a boa-nova do reino de Deus.
É tempo de ouvir a palavra de Deus com devoção e compromisso e recordar o sofrimento e a morte de Jesus Cristo por todos nós. Quaresma é uma oportunidade para fazermos uma avaliação:
Das opções de vida;
• Das tentações que nos cercam;
• Das atitudes em relação às outras pessoas;
• Dos valores que adotamos na vida.
No silêncio e na profunda reflexão, podemos identificar nossas falhas, infidelidades, omissões e tropeços na vida. Na oração de Cristo por seus discípulos encontramos alimento para a fé no tempo de Quaresma: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal” João 17.15.
Sugestões para o “jejum moderno”: vou deixar o carro na garagem e andar mais a pé; escrever cartas para meus amigos e amigas; caminhar no fim da tarde para me exercitar e pensar na vida; prestar mais atenção quando as pessoas falarem comigo; evitar bebidas alcoólicas (e entorpecentes em geral), etc.
Aproveite a oportunidade que o dia 01/03/2019, o Dia Mundial de Oração (DMO) nos dá: Ore! Que Deus te conduza nesse tempo de Quaresma, tempo oportuno para jejum (de alimentos, pensamentos, hábitos…), oração e reflexão!

Fonte: http://www.luteranos.com.br

Reflexão

(Reflexão)Cuidemos de nossos líderes – Esly Regina Carvalho

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Nossos líderes cristãos requerem mais de nossos cuidados espirituais. Em geral, a nossa tendência é pensar que eles não são vulneráveis, já que muitos pensam que, uma vez que se tornem líderes, nada de mal lhes acontecerá.

Quem sabe exista também, entre alguns, a falsa crença de que nossos guias são “intocáveis” e “primos-irmãos” da perfeição. Por alguma razão pensamos que eles já alcançaram uma certa maturidade cristã e que, portanto, estão “vacinados” contra algum tipo de pecado ou queda moral, ou qualquer outro elemento não desejável. Achamos que eles já não estão expostos às tentações, com as quais nós, simples mortais, nos deparamos.

Essa idéia tem produzido tanto eco, que até mesmo alguns líderes chegam a cair nesse erro conceitual. Mas a realidade nos mostra muitas pessoas feridas, dentro e fora das nossas igrejas, justamente por essa razão. Acontece algo muito curioso: qualquer líder é capaz de admitir a sua capacidade de errar. Mas, quando examinamos quantas vezes eles têm reconhecido um erro ou pedido perdão a alguma ovelha ferida, podemos observar quão contrárias são as ações às palavras.

Por outro lado, às vezes não somos muito conscientes de que a igreja costuma impor uma pressão e uma exigência quase sobre-humana a quem está como cabeça. As ovelhas também são culpadas por essa crise de transparência da liderança, já que esperam um modelo perfeito (e impossível), ignoram como lidar com os erros humanos dos seus líderes e, com isso, impõem uma carga parecida com uma maldição – algo que Deus jamais teve a intenção de impor.

Atualmente a igreja enfrenta muitas quedas em sua liderança. Algumas são públicas, mas a grande maioria ocorre em silêncio – um segredo perigoso, dentro do qual não é possível resolver adequadamente o problema, nem oferecer a ajuda, tão necessária. O medo do que os outros vão falar é um grande obstáculo para procurar ajuda a tempo. E, mesmo falando muito da transparência, é mais fácil exibir apenas as situações positivas. Onde está a transparência quando se enfrentam as dificuldades?

Acredito que temos perdido a visão da igreja como “hospital” das almas. Será que o hospital só serve para curar as ovelhas, e não os líderes? A Palavra de Deus diz que, quando uma parte do corpo sofre, todo o corpo sofre junto. Portanto, se um líder padece, todo o corpo de Cristo no mundo inteiro também é afetado. As Escrituras nos dizem ainda que aqueles que têm maior responsabilidade também terão de prestar maiores contas. Devemos lembrar que o inimigo aplica maior fúria na tentativa de derrubar os líderes, porque, se eles caem, as ovelhas se dispersam.

Assim, a questão não é se um líder cai, mas o que fazer quando ele cai. O nosso desejo é que os leitores nos ajudem a cuidar dos líderes do rebanho de Cristo. Oferecemos aqui as primeiras ferramentas:

1. Devemos orar pelos nossos líderes.

A tentação de nos queixarmos ou criticarmos quem está à frente das nossas igrejas é muito grande, mas o que devemos fazer é pedir a Deus que dirija os seus passos.

2. Devemos ajudá-los com as cargas que levam.

Como companheiros de jugo que somos, não podemos pensar que quem é líder deve realizar todo o trabalho sozinho – ele faz tudo e as ovelhas assistem. O corpo de Cristo tem uma grande variedade de funções e precisa de cada uma para funcionar bem. Por exemplo, se o pastor tem o dom de pregar, então ele é a “boca”. Mas é bem possível que ele não tenha o dom de aconselhamento (e muitos não têm!).

3. Precisamos dar aos nossos líderes a oportunidade de serem transparentes.

Devemos lembrar que eles também têm problemas e sofrem; por isso, temos de estar presentes e ajudá-los, ou pelo menos acompanhá-los nas suas tristezas e dificuldades.

4. Podemos prover ajuda doméstica para aliviar o trabalho e a vida do pastor e da sua família.

Algumas vezes o salário do pastor não é suficiente para pagar alguém que ajude nas tarefas de casa. Devemos pensar em como podemos ajudá-los com isso – talvez cuidando de seus filhos quando têm compromisso ou para que o casal dê uma “escapadinha” de vez em quando para estar a sós por uns dias a fim de descansar e fortalecer o casamento.

Que os nossos líderes (e suas ovelhas) possam ser desafiados a examinarem sua liderança e sua forma de atuar. Quem sabe alguns devam fazer algumas mudanças saudáveis para resgatar sua posição?

 

Reflexão

(Reflexão) 21 de janeiro – Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

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Celebramos hoje, 21 de janeiro, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A Lei Federal 11.635/07, que cria o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, surgiu como uma homenagem à Iyalorixá Gildásia dos Santos – a Mãe Gilda. A religiosa morreu em 21 de janeiro de 2000 vítima de complicações de um infarto após ter sua foto publicada na matéria “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”, do jornal Folha Universal. A casa onde ela residia foi invadida, seu esposo foi ofendido e agredido e o Terreiro depredado.
Mas o Brasil é um Estado Laico. Se é laico, não possui religião oficial ou uma crença que mereça privilégios em detrimento de outras. Em um país laico, todas as expressões religiosas devem ser igualmente respeitadas e atendidas em suas diferentes demandas – sobretudo protegidas! Por isso, é papel do Estado garantir liberdade de culto não apenas às igrejas cristãs, mas também às mesquitas, sinagogas, templos budistas, casas de umbanda, terreiros de candomblé, centros espíritas, etc.
Cabe lembrar – sempre é bom lembrar – que a intolerância religiosa é CRIME, vide artigo 20 da Lei 7.716/89. Induzir ou incitar discriminação e preconceito em razão da religião prevê pena de 1 a 3 anos, além de multa. Assim, se você não concorda ou não gosta da fé praticada pelo seu amigo, por sua vizinha ou pelo coleguinha de trabalho, tem esse direito. Mas deixe que eles sigam em paz… e como diz um ditado popular, “o seu direito acaba onde começa o dos outros”.
Uma denúncia a cada 15 horas
O Brasil registra uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas. Os adeptos de religiões de matriz africana estão entre os principais alvos. Casos recentes, como os ataques nas redes sociais contra a imagem, o legado e a memória de mãe Stela de Oxóssi, no fim do ano passado, e os ataques a terreiros em comunidades do Rio, deixam claro que muita coisa precisa mudar.
Nem tudo está perdido
No Paraná, religiosos se reunirão para dizer NÃO à intolerância. Estarão lá diversas lideranças cristãs, representantes das religiões de matriz africana e indígenas, judeus, muçulmanos, bahá’ís, messiânicos, gnósticos, entre outros. Uma das presenças confirmadas é a do primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), dom Naudal Alves. A IEAB é igreja-membro do CONIC. Outra atividade vai ser em Brasília, no Templo da Boa Vontade. Por lá, lideranças e praticantes de diversas religiões também estarão reunidos para tratar do assunto. A secretária-geral do CONIC, Romi Bencke, confirmou presença.
Para Romi, ter uma data lembrando o combate à intolerância religiosa é muito importante. “Nosso país já prevê a separação entre religião e Estado na Constituição, além da liberdade religiosa, mas ter um dia especial para reafirmar que a intolerância religiosa não pode ser aceita é fundamental para lembrarmos que somos um país não apenas de  uma religião, mas com muitas religiões e, também, com pessoas que optam em não ter religião. Infelizmente, os casos de intolerância religiosa têm crescido. Talvez uma das razões para isso seja a necessidade de reafirmação das identidades religiosas. Quanto mais me fecho em minhas verdades, menos tolerância e respeito tenho pelo outro. Neste sentido, a proposta ecumênica torna-se pedagógica, porque afirma que a diversidade religiosa é expressão da graça de Deus”, afirmou.
O que fazer?
Reúna amigos da igreja, da escola ou do seu bairro para debaterem o tema. Conversar sobre o assunto já é um bom sinal. Tente propor reflexões no sentido de “se colocar no lugar do outro”. E não esqueça: você não é obrigado a praticar “minha religião”, mas precisa cultivar o respeito.
Fonte: CONIC.org.com –  com informações de: Brasil de FatoBem ParanáPortal Vermelho